Liderar e ser justo

Tornar-se líder e ter uma atitude igual com os colaboradores que nos identificamos pessoalmente e com aqueles que não nos são muito agradáveis é uma missão muito difícil, talvez seja o maior desafio do líder.

Um grande treinador de futebol americano, Vince Lombardi (que empresta o nome ao Troféu do Super Bowl) ensinava que: “Não tenho necessariamente que gostar de meus jogadores e sócios, mas como líder devo ama-los. O amor é lealdade, o amor é trabalho de equipe, o amor respeita a dignidade e a individualidade. Esta é a força de qualquer organização.”

Como fazer isso?

  1. Tenha metas claras e factíveis com sua equipe;
  2. Tenha KPIs(indicadores de desempenho) objetivos;
  3. Estruture as reuniões de feedback e use a mesma metodologia com todos;

Esses três primeiros itens mantém a relação muito profissional e os três seguintes tornam você uma pessoa melhor.

  1. Ouça mais do que fala, pois assim evita perder o controle da conversa com aqueles que lhe agradam menos;
  2. Tenha colaboradores com alto potencial de ser melhores que você no futuro. Eles vão desafiá-lo a melhorar sempre;
  3. Aceite os desafios como oportunidade para o seu  próprio desenvolvimento profissional.

Sendo justo dentro da empresa, ninguém poderá criticar você por convidar apenas alguns para o happy hour, pois esta hora deve fazer parte de sua vida pessoal e falar de trabalho nesse momento de descontração, é crime!

Feedback de sucesso.

A expressão feedback ficou muito contaminada por interpretações equivocadas do que seja realmente. Outro dia uma executiva discutiu com o CEO da empresa e me disse: “Dei um feedback forte para ele”. Em verdade ela só discutiu com o chefe e não deu feedback algum.

 

Feedback é realimentar o processo, repito O PROCESSO. Funciona assim: determinado processo está sendo feito pelo colaborador, você previamente orientou sobre os passos a dar e acompanhou o desenrolar do trabalho. Concluído o trabalho você senta com o colaborador e faz uma análise dos passos dados. Elogia os bons e ajusta os que não foram bons. Ele refaz o processo e você faz novo feedback depois disso. Tudo com registro e fatos claros e inteligíveis. Sem estresse e com leveza, como ensina Ítalo Calvino.

 

Resultado: os pontos elogiados serão reforçados e repetidos pelo colaborador e os pontos ajustados serão melhorados da próxima vez.

 

O que NÃO É feedback: “E ai, bom trabalho heim!!!”; “Tá tudo errado!”; “Tá tudo ótimo!”; “Vai fazendo que tô de olho!” e outras coisas semelhantes. O feedback exige metodologia clara e objetiva. As frases acima são apenas formas de animar ou desanimar pessoas e não realimentam nenhum processo.